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Riscos psicossociais e ergonomia: qual a relação?

Riscos psicossociais e ergonomia: qual a relação?

15 . 10 . 2025 Publicado em Artigos
Escrito por Francine Polez

Quando falamos em saúde e segurança do trabalho, muitos ainda pensam apenas em equipamentos de proteção, mobiliários, normas técnicas, entre outros. Mas a legislação avançou: a NR-1 já prevê expressamente os riscos psicossociais como parte do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR).  

Esses riscos estão ligados a fatores como estresse, sobrecarga, repetitividade, assédio, jornadas excessivas e até mesmo a falta de equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Eles impactam diretamente a saúde mental e a produtividade dos empregados. 

 

E qual a relação com a ergonomia?  

A ergonomia não trata apenas da postura física ou do mobiliário adequado, mas também da adaptação das condições de trabalho às características humanas de forma ampla, o que inclui aspectos cognitivos e organizacionais. Ou seja, cuidar da ergonomia significa também reduzir riscos psicossociais. 

Inclusive, o guia criado pelo Ministério do Trabalho e Emprego traz a orientação de que a gestão dos riscos psicossociais acrescentada na NR-1 (Gerenciamento de riscos ocupacionais) deve ser implementada juntamente com a NR-17 (Ergonomia), iniciando-se com a Avaliação Ergonômica Preliminar ou com a Análise Ergonômica do Trabalho. 

Para as empresas, isso não é apenas uma exigência legal: é uma estratégia inteligente de gestão. Ao investir em ergonomia e em políticas que previnam riscos psicossociais, reduz-se o adoecimento, os afastamentos e os passivos trabalhistas, ao mesmo tempo em que se fortalece a imagem, interna e externa, de um ambiente saudável e produtivo.