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Inteligência artificial no diagnóstico médico: avanços, limites e responsabilidade profissional

Inteligência artificial no diagnóstico médico: avanços, limites e responsabilidade profissional

13 . 10 . 2025 Publicado em Artigos
Escrito por Laiz Parra

A inteligência artificial (IA) tem revolucionado a prática médica, especialmente na área de diagnóstico, ao oferecer ferramentas capazes de analisar grandes volumes de dados clínicos com rapidez e precisão. A capacidade de processamento e análise permite diagnósticos mais precoces, redução de erros e maior eficiência no atendimento, beneficiando tanto os profissionais quanto os pacientes. 

No entanto, o uso da IA na medicina não está isento de desafios éticos e jurídicos. Embora a IA funcione como uma ferramenta de apoio à decisão clínica, o médico continua sendo o responsável legal pelas condutas adotadas. Isso significa que, mesmo quando o diagnóstico é sugerido por um sistema automatizado, cabe ao profissional avaliar criticamente os dados, considerar o contexto clínico e tomar a decisão final.  

Além disso, o uso da IA exige cuidados com a transparência dos algoritmos, a proteção de dados sensíveis e o consentimento informado do paciente. O médico deve garantir que o paciente esteja ciente do uso da tecnologia e que seus dados estejam protegidos contra acessos indevidos ou usos não autorizados. Também é essencial que o profissional compreenda os limites da ferramenta utilizada, evitando uma dependência excessiva que possa comprometer o julgamento clínico. 

Em suma, a inteligência artificial representa um avanço significativo na medicina diagnóstica, mas não substitui o papel do médico como responsável técnico e ético pelas decisões clínicas. O profissional deve atuar como mediador entre a tecnologia e o paciente, utilizando a IA como um recurso complementar, e não como substituto.  

Nessa linha, a responsabilidade médica permanece intacta, exigindo preparo, discernimento e compromisso com a segurança e o bem-estar do paciente. O futuro da medicina será, sem dúvida, cada vez mais tecnológico, mas continuará exigindo ação e o olhar humano que nenhuma máquina pode replicar.