Por Milena Deolinda Rodrigues
O Dia do Trabalho, celebrado em 1º de maio, possui grande relevância jurídica e social no Brasil. Trata-se de um feriado nacional, instituído por lei, e amplamente reconhecido como momento de valorização da classe trabalhadora. A data permite a análise da consolidação dos direitos trabalhistas ao longo da história brasileira, bem como reflexões sobre os desafios contemporâneos da proteção ao trabalho digno.
A origem do Dia do Trabalho foi ao final do século XIX, nos Estados Unidos, quando operários de Chicago organizaram uma greve geral em 1º de maio de 1886 para reivindicar a jornada de trabalho de 8 horas diárias.
Inspirado por este acontecimento, o 1º de maio foi adotado por movimentos operários ao redor do mundo como um dia de mobilização. No Brasil, o feriado foi oficialmente instituído em 1925, durante o governo de Artur Bernardes.
A história do trabalho no Brasil é marcada por avanços importantes, especialmente quando foram criadas leis que regulamentaram a jornada de trabalho, o salário-mínimo, o descanso semanal remunerado e os direitos previdenciários. Em 1943, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) unificou a legislação trabalhista brasileira, representando um marco fundamental para a proteção dos trabalhadores.
Atualmente, o Dia do Trabalho no Brasil é celebrado com eventos, discursos políticos, atos sindicais, bem como sendo um momento de reflexão sobre os desafios enfrentados pela classe trabalhadora. Também é uma oportunidade para discutir temas urgentes, como o desemprego, a informalidade, a desigualdade salarial e a necessidade de políticas públicas que garantam trabalho digno para todos.
O Dia do Trabalho é, acima de tudo, um lembrete da força e da importância dos trabalhadores na construção de uma sociedade mais justa e equitativa. Celebrar essa data é reconhecer o valor do trabalho humano e renovar o compromisso com a valorização dos direitos laborais em um mundo em constante mudança e com grandes avanços tecnológicos.